mulher apaixonada - Visionvox
45. Menggambar. Tema : Objek Buatan Manusia. Tajuk : Pasu Bunga. Aktiviti :
Gosokan. 1. Persepsi dan pemahaman bahasa seni. visual seperti garisan, rupa,
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MULHER APAIXONADA
Substitute Bride
Margaret Pargeter
[pic]
Órfã, Emma teve de ir morar com parentes em uma fazenda, trabalhando como
escrava. Todos a humilhavam, a chamavam de feia, magra, desajeitada. Até
que, um dia, Emma imaginou ter encontrado a felicidade, quando Rick Conway,
o homem mais rico e fascinante da região, a pediu em casamento. Porém,
depois de casada, Emma só recebeu maus-tratos do marido. Se Nick a
desprezava, por que se casara com ela? Que mistério havia nas decisões
desse homem? Seria por vingança que havia se unido a Emma? Perguntas
terríveis que maltratavam o coração dessa mulher apaixonada...
Digitalização: Ana Cris
Revisão: Cris Paiva
LIVROS ABRIL
Romances com Coração
Caixa Postal 2372 - São Paulo
Copyright: Margaret Pargeter
Título original: "Substitute Bride"
Publicado originalmente em 1981 pela
Mills & Boon Ltd., Londres, Inglaterra
Tradução: William Granam Clark
Copyright para a língua portuguesa: 1983
Abril S. A. Cultural e Industrial - São Paulo
Composto e impresso em oficinas próprias
Foto da capa: Blumebild
CAPITULO I
Emma Davis sorriu de leve ao se virar para Jim Brown.
- Já é tarde e acho melhor ir para casa agora, Jim, senão Mary ficará
preocupada com você.
- Tem certeza de que se arranja sozinha, Emma?
- Se não conseguir, eu mandarei chamá-lo de volta - ela prometeu. - Mas
esta não é a primeira vez que me arranjo sozinha. A menos que haja
complicações, acho que Daisy não vai precisar de muita ajuda. Afinal - as
feições jovens de Emma se suavizaram -, esta não é exatamente uma
experiência nova para ela, não é mesmo?
- Não - Jim admitiu, enquanto os dois ponderavam sobre a vaca que, nessa
noite, iria ter o seu quarto bezerro. - Mas nunca se sabe... Quanto mais
velho fico, mais eu compreendo que até mesmo o caso mais simples pode se
complicar.
Emma encolheu seus ombros magros, mas não contestou a teoria de Jim.
Ninguém sabia melhor do que ela como, numa fazenda, pouquíssimas coisas
aconteciam exatamente conforme os planos. O segredo era não se preocupar
demais.
- Eu o verei pela manhã, Jim - disse, com firmeza.
Depois que ele se foi, Emma sentou-se no velho banquinho de madeira, ao
lado de Daisy, tentando ignorar o cansaço que sentia. Fora um dia cansativo
e ela sabia que tão cedo não sairia dali. A fazenda não era grande, mas
havia sempre muita coisa para se fazer e ela só tinha a Jim para ajudá-la.
Um dia de trabalho seria suportável se começasse às seis da manhã e
terminasse doze horas depois, mas com Emma raramente era assim. Mesmo que
tudo corresse bem na fazenda, e que ela terminasse cedo o seu serviço,
havia geralmente muita coisa para se fazer dentro de casa. E era um alívio
saber que, nessa noite, sua tia Hilda e sua prima Blanche não estariam em
casa, assim não teria que preparar o jantar para elas. Faria apenas um
lanche.
Um pouco mais feliz por pensar nisso, Emma mudou de posição no banquinho,
para que pudesse encostar-se na parede do celeiro e observar Daisy ao mesmo
tempo. Sentindo-se mais à vontade, ela olhou para a sua velha calça de
brim. Estava tão desbotada que ficava difícil dizer qual era sua cor
original. Também a blusa estava remendada e puída. Num momento de reflexão,
coisa que ela geralmente não se permitia, pensou no que a mãe diria se a
visse agora. Sua mãe tinha morrido há muitos anos, mas Emma ainda se
lembrava dos modos delicados e exigentes dela. A própria Emma havia
desenvolvido esse traço, embora em menor grau, quando sua vida fora feita
em pedaços pela segunda vez. Foi a época em que, por ironia do destino, os
negócios de seu pai foram à falência, e ele, não resistindo, teve um ataque
cardíaco do qual jamais se recuperou.
Aos dezesseis anos de idade, Emma tivera que deixar o internato onde
estudava para ir morar naquele lugar. Seu tio, irmão mais velho de seu pai,
tinha sido bondoso com ela, mas, comparado a seu pai, que sempre fora ativo
e cheio de vida, ele parecia um velho distraído e cansado. Além do mais,
nunca parecera tão intimidadora como sua esposa e sua filha tratavam Emma.
Assim que ela chegara à fazenda, as duas o convenceram a despedir o rapaz
que ele havia empregado, para que Emma tomasse o lugar dele. E ela ficara
encarregada também de cozinhar e de fazer o serviço duro da casa. Quando
seu tio morreu, um ano depois, elas resolveram que Emma já tinha
competência para cuidar de tudo sozinha.
Isso havia acontecido há dois anos, e Emma ainda estava cuidando da fazenda
sozinha, com apenas Jim para ajudá-la. Ela era esperta e inteligente, e não
achava isso difícil demais. Afinal, havia aprendido muito bem com seu tio,
mas não pretendia fazer disso uma carreira. Gostava da fazenda, mas era um
trabalho que trazia muitas preocupações. E, ali, nem sempre as coisas iam
bem, porque havia muito pouco dinheiro separado para uma emergência. O que
sobrava era geralmente gasto por Hilda e por Blanche.
Emma suspirou de tristeza quando pensou na prima. Blanche tinha vinte e
cinco anos de idade e era linda, mas muito difícil de agradar. De vez em
quando trabalhava como manequim e, embora fosse para Londres quando tinha
trabalho, ela preferia quase sempre ficar em casa.
Dois meses antes, Blanche ficara noiva de um homem chamado Richard Conway,
que era dono de plantações de cana-de-açúcar em Barbados, nas Antilhas.
Haviam se conhecido numa festa, e Richard, ou Rick, como Blanche o chamava,
lhe propusera casamento na mesma semana. Emma só o tinha visto uma vez,
quando ele viera à fazenda, aparentemente para visitar sua futura sogra.
Havia ficado durante pouco tempo e ela o vira por alguns minutos, mas
ficara surpresa. Richard devia ter uns trinta e cinco anos de idade, era
alto, moreno e bem-apessoado. Emma não gostara do jeito dele, pois ele
parecia ser tão áspero e dominador quanto sua prima. Entretanto, havia algo
no rapaz que lhe chamara a atenção, pois, quando encontrara os olhos azuis
dele, tinha sido incapaz de desviar o olhar. Por um breve momento ela se
sentira magnetizada por uma estranha força que vinha de dentro dele.
Como Richard voltara logo a Barbados, ela não o vira mais. Muitas vezes,
porém, se perguntava como um homem daquele havia podido se apaixonar por
uma cabeça oca feito Blanche.
- Ele está decidido a arranjar uma esposa! E, além do mais, está apaixonado
por mim! - a prima exclamara, praticamente respondendo a uma pergunta que
Emma nunca ousaria fazer.
Blanche tinha acabado de se despedir de Richard e exibia um anel de noivado
fabuloso. Estavam sozinhas, e Emma olhava para ela com os olhos
arregalados.
- O que você vai fazer de Rex?
Rex Oliver e Blanche vinham se encontrando com freqüência e Emma tinha
certeza de que Blanche o amava a seu modo.
- Rex não é do tipo que se case fácil - Blanche retrucara -, mas, sendo
homem, poderá esperar até completar quarenta anos antes de se decidir. Só
que até lá as minhas possibilidades, tanto profissionais quanto
matrimoniais, iriam ficar cada vez mais reduzidas.
- Mas eu pensei... - Emma começara a dizer, notando que, apesar de seu ar
de desdém, Blanche havia ficado pálida ao ouvir o nome de Rex.
- Bem, você pode parar de pensar - dissera-lhe a prima asperamente, ao ver
Emma hesitar. - Eu vou me casar com Rick, enquanto ainda tenho uma chance,
e vou morar em Barbados. Estou cansada de viver neste lugar chato.
- E quando vocês pretendem se casar? Richard quis levá-la para Barbados?
Parece que ele não é do tipo que goste de esperar por quem quer que seja.
- E o que você entende disso? Você nunca teve um namorado! Para falar a
verdade, Rick realmente me pediu para ir com ele, mas acontece que não
gosto que me apressem. Eu quero um casamento decente, e não um caso
qualquer. Além disso, eu precisava de tempo para ver Rex. Acho que devo a
ele pelo menos uma despedida apropriada.
Quando percebeu que despedida apropriada aparentemente significava ver Rex
todas as noites, Emma ficou cada vez mais confusa. A mãe de Blanche parecia
não saber nada do que estava acontecendo, e Emma não tinha nenhuma intenção
de lhe contar. Mas não podia deixar de pensar no que Richard Conway diria
se soubesse o que sua noiva estava fazendo.
Rex Oliver, rico proprietário de um clube noturno, não tinha escrúpulos
quando se tratava de conseguir o que queria. Ele devia estar gastando uma
pequena fortuna com Blanche, mas, como ela mesma dissera, não tinha a menor
intenção de se casar. Vendo-os juntos, apesar de tudo, Emma não podia
deixar de ficar preocupada. Ao encorajar Rex, Blanche podia estar cometendo
um erro terrível, pois, se Richard descobrisse, era quase certo que ele
jamais a perdoaria.
Com toda a certeza, Blanche acabaria tendo sorte, pois dificilmente as
coisas davam errado pra ela. As pessoas sempre à desculpavam porque ela era
bonita. Já Emma não podia dizer o mesmo. Seu espelho não refletia nada da
beleza que Blanche herdara. Ela via apenas um nariz bem-feito em um rosto
comum, além de uma boca generosa. Seus cabelos loiros, quando bem
penteados, talvez ajudassem a melhorar sua aparência. Antes, ainda tinha o
consolo de ter um corpo bem-feito, mas todo o trabalho na fazenda havia
reduzido sua delicada esbeltez a uma magreza esquelética. E suas curvas
eram agora quase inexistentes.
- Olá!
Ao ouvir tão inesperadamente a voz do homem em quem tinha acabado de
pensar, Emma teve um sobressalto. Levantou-se, afobada e já com o seu
pequeno rosto vermelho, e olhou para a porta.
- Sr